Chapeleiro Maluco: Por que o chamamos de "maluco"?
- Desbravando Elétrons
- 12 de fev. de 2021
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Atualizado: 26 de fev. de 2021
A história real por trás da fantasia
Antigamente, por volta do século XVIII, o uso de cartolas e chapéus de luxo eram comuns entre a classe alta da sociedade. Para confeccioná-los, as fábricas faziam uso de castores e pelos de coelhos para produzir o feltro, material que revestia os chapéus.
Infelizmente, os operários, conhecidos como chapeleiros, utilizavam uma solução ácida de nitrato de mercúrio Hg(NO₃)₂ para tratar quimicamente o material. Devido à inalação constante do vapor de mercúrio, muitos desenvolviam sintomas clássicos de intoxicação por Mercúrio: estavam sempre irritáveis, paranoicos sobre serem vigiados, falavam incessantemente e tinham tendência a comportamentos desprovidos de razão.
A Química do Hg(NO₃)₂
O nitrato de mercúrio II é um composto químico que possui as seguintes características:
Pode ser encontrado como um sólido e possuir a coloração branca ou ligeiramente amarelada;
Possui uma massa molecular de 324,6 g/mol;
Apresenta ponto de fusão a 79 °C;
Tóxico por ingestão, inalação e/ou contato com a pele;
A exposição ao fogo ou qualquer outra fonte de calor pode resultar em uma explosão;
Quando aquecido produz óxidos tóxicos de nitrogênio até a sua decomposição.
Riscos à saúde
O nitrato de mercúrio II possui uma alta toxicidade, isto implica que qualquer contato com alguma das mucosas, pele e ingestão pode causar sérios riscos à saúde. O produto tem efeito acumulativo no organismo e pode ser ingerido por animais, entrando dessa forma na cadeia alimentar.
Os efeitos nocivos do composto à saúde estão relacionados diretamente ao mercúrio(Hg) presente na composição, pois, além de ser um metal pesado, o é considerado uma substância com capacidade de afetar as atividades neurológicas do corpo humano.
Referências
EMSLEY, John. The elements of murder: a history of poison. Oxford University Press, 2006.
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